quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ainda assim...sorri!

Sorri nessa tua aparência,
Que é triste como a luz que esvaia.
Sorriso, doce como na sua demência,
Abafando toda a inocência:
Tão tua como da tua laia.

Vai-te daqui e vem-te de lá,
Mas que me venhas devagar!
Caminha sobre a calçada descalça:
Tão tua como nua,
Numa nudez que realça,
O mar de roupa que flutua
Em ti e te apazigua,
Numa paz interna que é falsa.

(Remorso!Remorso!
Sinto-o tanto no vazio...
É de lá que o oiço...
É de lá que sinto frio...
Vai e vem como baloiço,
Que me tortura,que é doentio)

Saberás o que és, o que quiseste e quiseste fazer?
Saberás certamente, mas não me vais dizer.
Segredo só o é quando é somente teu
E és tão pouco que sem pensar adivinho:
Na ausência das cinco letras de carinho,
Sei bem o que tu és... e o que tu és sou eu.