domingo, 1 de agosto de 2010

O Som das Palavras é o Grito

Grito não te escondas
O mundo lê-se nas canções
És a chave da mente
Da alma dos sonhos e das ilusões

És o corvo poeta
Mensageiro transcendente
Entre a vida e a morte
Entre os mundos de tanta gente




Não vás procurar quem és
Não vais encontrar ninguém
Não tens mãos nem tens pés
Tens as asas e o desdém
Pela morte que carregas
Pelos mundos que enxergas
Pelo sopro que sufoca
Nessa tua alma morta
Não te negas se voares
Tu tens tudo para dares
A palavra às pessoas
Mesmo as que não perdoas

Porque o grito é a vida
Das palavras de saber
É a morte da vergonha
E o corpo a transparecer
É o dar amor ao vento
Quando o vento está parado
E quando o vento voa
Temos um mundo mudado




Eu não fui aos céus de lá
Porque o medo me prendeu
Respondi palavras tortas
A uma terra que não mereceu

Respondi-as num sussurro
Porque o grito me fugiu
Esse grito que és tu
Esse grito que partiu