Grito não te escondas
O mundo lê-se nas canções
És a chave da mente
Da alma dos sonhos e das ilusões
És o corvo poeta
Mensageiro transcendente
Entre a vida e a morte
Entre os mundos de tanta gente
Não vás procurar quem és
Não vais encontrar ninguém
Não tens mãos nem tens pés
Tens as asas e o desdém
Pela morte que carregas
Pelos mundos que enxergas
Pelo sopro que sufoca
Nessa tua alma morta
Não te negas se voares
Tu tens tudo para dares
A palavra às pessoas
Mesmo as que não perdoas
Porque o grito é a vida
Das palavras de saber
É a morte da vergonha
E o corpo a transparecer
É o dar amor ao vento
Quando o vento está parado
E quando o vento voa
Temos um mundo mudado
Eu não fui aos céus de lá
Porque o medo me prendeu
Respondi palavras tortas
A uma terra que não mereceu
Respondi-as num sussurro
Porque o grito me fugiu
Esse grito que és tu
Esse grito que partiu
Um comentário:
Esse grito é tudo e é nada.
Pode ser palavra e deixar tudo no silêncio.
"És o corvo poeta
Mensageiro transcendente
Entre a vida e a morte
Entre os mundos de tanta gente"
Adorei esta quadra.
Continua:)*
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