Escrevi um bocado de dor
Com o sangue que jorra dos meus olhos,
Após olhar a vida em redor
E ver somente restos e restolhos.
Escrevi-o na minha pele
Como quem põe gravilha na estrada.
Sem cimentar esse azedo fel,
Que remenda a alma transtornada.
Depois percorri a memória
À procura da cura e da certeza.
Porque me sinto eu a escória
Deste mundo desprovido de beleza?
Não encontrei nada que valha,
Nem me encontrei concreto.
Encontrei um sorriso canalha,
Mascara do meu choroso soneto.
Sei que choro e finjo sorrir
E sei decore o sussurro que sou.
Sussurro aparentando o rugir,
Outrora inspirado num amor que findou.
Enfim... esqueço o que escrevi;
Lambo as lágrimas e rasgo o cerco.
Rasgo a mente que lembra o que sofri.
Viverei sempre, mesmo sabendo o que perco.
2 comentários:
mt bom ..
mas k poema!!!!
super poema...
inspiraçao vem de onde?!
eu sei, de vivencias=D
lindissimo
poe mais...
Beijo****
Margarida Pires
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