Os dias correm depressa...
Os dias correm devagar...
Os dias correm a travessa
Da vida que é como o mar:
Tem ondas e tem calmaria,
Tem fundões e baixios!
Transparecendo, mostra-se vazia
À superficial vista dos homens dos navios.
Mas sustendo a respiração
E mergulhando na coragem,
Encontramos aquela vastidão
De vida, que na vida só vive na miragem.
Oh, mas que ganância a nossa!
Homens que procuram somente tesouros,
Fazem do vasto mar uma pequena poça
E como se da razão fizessem troça,
Culpam os Deuses dos seus agouros...
A pesca do peixe não caça a moeda,
Mata a fome que vem do passado.
Mas Homem é sinónimo de queda
No abismo da consciência evolutiva do pecado.
Tesouros, cada um tem o seu,
Só que no mar não há nada mais que vida.
Dinheiro? Ouro? Que aconteceu
Para que a paixão fosse esquecida?
Vós que na pesca são como na grande alvorada
E que só na chaputa encontram sabor,
Saibam que a vida é para ser apreciada,
Seguindo o meu conselho de valor:
Pesquem com cana, pesquem com rede,
Guardem tudo sem exclusão,
Porque todo o peixe mata a fome, e a sede
É morta com água da monção
Portanto, olhardes para o céu
E pescai com rede, porque mais peixe trás.
O mítico tesouro branco de véu,
Virá quando o pescador, de ser pescado for capaz.
Um comentário:
Lindo poema Pedro como sempre =)
Bem, mas desta vez um poema de conselho para quem o lê, pois eu acho q sou daqueles q querem encontrar um tesouro no fundo do mar, mas acho q na vida ja encontrei alguns, por exemplo ha amigos q sao como tesouros.. Tu és um amigo assim =P
Continua a escrever pois sempre te ajuda, como a mim, a pescar melhor a vida q devemos viver! ***
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