sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Quero voltar a ser semente

Quero sair daqui!

Voar para onde o ar me cubra os olhos

Para que veja de dentro para dentro

E não somente a casca da velha árvore da vida;

Para que o susto de acordar não me prenda ao chão

E permita à mágoa de sentir que lhe quebre os ramos.


(Se me sento de braços cruzados,

Quero sentar-me de cabeça erguida

E num sonho vivo, voar para o vazio.

Se me encontrar, que não seja no espelho

Se me perder que não seja de mim, mas sim em mim)


Não quero correr para o infinito

Quero parar no definido

E vivê-lo como semente da fruta da árvore que secou.


Mas quero sair daqui!

Os grãos de areia... o solo rico... voou tudo

E as raízes da minha árvore ficaram nuas, ficaram, desapareceram...


Quero voar daqui, porque a voar sinto um vento que ateia

E a chama que nunca houve pegará

(se não chover novamente)

E arderá tudo por dentro da minha árvore.

Porque quero ser fogo!

Quero arder em lenha verde

Não quero secar num lenha seca

Que arde sem esforço e sem fumo!


Quando a árvore for cinza

É estrume. É sementes. É vida.


Se secar, ficou e secou...

3 comentários:

Anônimo disse...

Sephiny os meus parabens.

adorei este teu poema, e nao é rimado o que ainda te da mais prestigio e genialidade ^^

a forma como expoes as tuas ideias é soberba. está excelente.

Felicidades e bom resto de trabalho.

Mário Ilhéu

Anônimo disse...

k dor tens tu pedro, k escondes tu por detras do teu sorriso?
é a dor de um poeta,ou desabafo da alma em verso?...


diane

SusanaPacheco disse...

Pedro só para te dizer q te entendo perfeitamente, li o poema e achei-o mt bonito e como sempre bem escrito. Transmite mt, continua ***