Quero sair daqui!
Voar para onde o ar me cubra os olhos
Para que veja de dentro para dentro
E não somente a casca da velha árvore da vida;
Para que o susto de acordar não me prenda ao chão
E permita à mágoa de sentir que lhe quebre os ramos.
(Se me sento de braços cruzados,
Quero sentar-me de cabeça erguida
E num sonho vivo, voar para o vazio.
Se me encontrar, que não seja no espelho
Se me perder que não seja de mim, mas sim em mim)
Não quero correr para o infinito
Quero parar no definido
E vivê-lo como semente da fruta da árvore que secou.
Mas quero sair daqui!
Os grãos de areia... o solo rico... voou tudo
E as raízes da minha árvore ficaram nuas, ficaram, desapareceram...
Quero voar daqui, porque a voar sinto um vento que ateia
E a chama que nunca houve pegará
(se não chover novamente)
E arderá tudo por dentro da minha árvore.
Porque quero ser fogo!
Quero arder em lenha verde
Não quero secar num lenha seca
Que arde sem esforço e sem fumo!
Quando a árvore for cinza
É estrume. É sementes. É vida.
Se secar, ficou e secou...
3 comentários:
Sephiny os meus parabens.
adorei este teu poema, e nao é rimado o que ainda te da mais prestigio e genialidade ^^
a forma como expoes as tuas ideias é soberba. está excelente.
Felicidades e bom resto de trabalho.
Mário Ilhéu
k dor tens tu pedro, k escondes tu por detras do teu sorriso?
é a dor de um poeta,ou desabafo da alma em verso?...
diane
Pedro só para te dizer q te entendo perfeitamente, li o poema e achei-o mt bonito e como sempre bem escrito. Transmite mt, continua ***
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