sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sangue Quente

Com o sangue quente

A mente promete perecer

Tenho sangue quente

Nesta demente forma de viver


Lacera-me a lente

Que me cega que me tem

Cego é quem não sente

Na cegueira de não ser ninguém


Tom vermelho tom carnal

De desejo e dor esquecida

Sangue quente divinal

Simbolo da efémera vida


Despe-me do mundo

Despe-te de mim

E num desejo moribundo

Renascemos iguais no fim


O toque é leveza

E o beijo indiferente

Mas o sentimento é certeza

Na pureza do sangue quente

E um grito de dor!

Passa a grito de prazer!

Morder, rasgar o pudor!

E sangue quente a verter!

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