segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A Vergonha

Atrás dos mundos, atrás da dor

Tu trazes tudo, tu és amor

Atrás da sombra, és luz vital

Atrás do espelho, és luz igual

Atrás do sorriso que se quebra no vazio

Quebra-se o sizo também, na boca que mentiu


Tu e eu, um céu, um mar

E um momento, com tudo para dar

Os olhos tocam-se e tocamos Deus

E a dança segue o rumo dos céus

Ficamos parados como chuva no chão

Olhares vidrados, à espera dum gesto... em vão


Porque negamos a alma, julgamos que é calma a ansia que nos faz

E no momento divino, o correcto caminho, nunca define a paz

Quando paramos o corpo, matamos o sopro do vento que nos trás

E morremos também, num amor incapaz

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